PF diz que Alexandre Ramagem deixou o Brasil pela fronteira com a Guiana

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Segundo a Polícia Federal, Ramagem atravessou a fronteira pelo estado de Roraima sem registro em postos oficiais de controle migratório. | Marcos Oliveira/Agência Senado

Deputado teria saído do país sem controle migratório e usado passaporte diplomático para entrar nos EUA.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (15) que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o Brasil de forma irregular em setembro, pela fronteira com a Guiana. A declaração foi feita durante encontro com jornalistas, no qual o dirigente apresentou um balanço das atividades recentes da corporação.

Segundo a Polícia Federal, Ramagem atravessou a fronteira pelo estado de Roraima sem registro em postos oficiais de controle migratório. As investigações apontam que, após entrar na Guiana, o parlamentar embarcou no aeroporto de Georgetown com destino aos Estados Unidos.

De acordo com Andrei Rodrigues, Ramagem utilizou um passaporte diplomático para ingressar em território norte-americano, apesar de existir uma determinação para o cancelamento do documento. A PF informou que, após o episódio, passou a revisar procedimentos relacionados a passaportes diplomáticos, incluindo a ampliação de bloqueios em sistemas próprios e na base de dados da Interpol.

O diretor da PF explicou que o cancelamento de passaportes diplomáticos é atribuição do Ministério das Relações Exteriores, que não possui comunicação direta com a Interpol, o que motivou a revisão dos protocolos adotados pela corporação.

Alexandre Ramagem deixou o país no mesmo mês em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou integrantes do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado. Além dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis investigados foram condenados pela Primeira Turma da Corte. Ramagem recebeu pena de 16 anos, um mês e 15 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O deputado, conforme apurado e julgado pelo STF, se valeu de seu cargo na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ministros do STF, políticos, jornalistas e advogados, por meio da ferramenta FirstMile. De acordo com a Polícia Federal, a Abin realizou cerca de 33 mil rastreamentos irregulares, entre eles o acompanhamento do ministro Alexandre de Moraes.

Conforme informações divulgadas pela imprensa, a Polícia Federal investiga pessoas que teriam colaborado com a saída do deputado do país, incluindo possíveis financiadores e organizadores da viagem. No último sábado (13), a PF prendeu, em Manaus, Celso Rodrigo de Mello, apontado como um dos envolvidos no apoio à fuga. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A defesa nega participação no caso.

Ainda nesta segunda-feira, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que Alexandre Ramagem entrou com pedido de asilo político nos Estados Unidos. Segundo ele, o parlamentar teria confirmado a informação em contato telefônico. Cavalcante também informou que pretende solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o adiamento da análise do processo que pode resultar na cassação do mandato do deputado.

Fonte: DOL  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 15/12/2025/13:21:50

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