Protesto no segundo dia da COP30 deixa seguranças feridos e bloqueia saída na blue zone; veja vídeo
Foto: Reprodução | Incidente ocorreu por volta 19h20, logo depois da entrevista coletiva que apresentou o balanço do dia.
Um protesto realizado no começo da noite desta terça-feira (11), segundo dia da COP30, deixou quatro seguranças feridos e bloqueou a saída de pessoas que estavam credenciadas para a blue zone. A área concentra os espaços de negociação da Conferência do Clima.
O incidente ocorreu por volta das 19h20, logo depois da entrevista coletiva que apresentou o balanço do dia.
Um grupo com dezenas de pessoas tentou invadir a blue zone. Os manifestantes passaram pelas portas do pavilhão e tentaram avançar rumo aos espaços onde estavam os participantes da conferência. Eles foram impedidos e acabaram entrando em confronto com os seguranças da COP.
Um porta-voz da ONU para Mudanças Climáticas informou ao g1 que equipes de segurança brasileiras e da ONU seguiram todos os protocolos estabelecidos e conseguiram conter a situação. As autoridades dos dois órgãos investigam o caso.
“O local está totalmente seguro, e as negociações da conferência continuam normalmente”, afirmou o porta-voz da ONU. “O incidente causou ferimentos leves em dois seguranças e pequenos danos à estrutura do local”.
Como foi a tentativa de invasão
Protesto na COP — Foto Anderson CoelhoReuters
Vídeos do protesto mostram que a tentativa de invasão começou com a aproximação de um grupo que usava trajes indígenas. Eles passaram pelos portões da entrada principal e pela área das máquinas de raio-x. Eles se espalharam pelo saguão, perto da área de credenciamento.
Logo na sequência, outros manifestantes carregando bandeiras de coletivos estudantis e faixas de protesto contra a exploração de petróleo chegaram ao espaço da blue zone e também foram contidos pelos seguranças.
A pedido da ONU, a Polícia Federal vai instaurar inquérito para investigar a invasão. Imagens das câmeras externas e internas da blue zone foram requisitadas e serão analisadas.
Após correria e bloqueio interno, os manifestantes foram retirados do espaço e as pessoas com credenciais puderam deixar o pavilhão. A segurança foi reforçada com o deslocamento de carros da Polícia Militar. Não há informações de detidos.
O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, afirmou que a organização da conferência estava tomando todas as providências sobre o tema.
“A ONU tem todos os seus protocolos de segurança. (…) Nós fazemos os pactos pacíficos de convivência com os movimentos e eles (segurança da ONU) estão aqui para garantir a segurança”, afirmou.
Após a confusão, autoridades federais e da ONU se reuniram para discutir o incidente. A entrada de trabalhadores noturnos no pavilhão foi adiada.
Marcha Saúde e Clima nega relação
Nesta tarde, o parque onde ocorre a COP foi o destino final da Marcha Global Saúde e Clima. A organização da Marcha informou ao g1 Pará que cerca de 3 mil pessoas participaram da caminhada em um percurso de 1,5 km.
“As organizações que integram a Marcha Global Saúde e Clima vêm a público esclarecer que não têm qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha”, informaram os organizadores do evento.
A Marcha saiu da Avenida Duque de Caxias até a sede da COP30. A manifestação envolveu médicos, enfermeiros, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais pedindo políticas de saúde pública.
Homem ferido na testa na COP30. — Foto Lizandra Rodrigues
Veja vídeo:
Fonte: BBC e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/11/2025/07:26:13
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O ‘roubo’ transatlântico que mudou a história de Belém e da Amazônia
Hoje, ainda há uma seringueira plantada no Kew Gardens, em Londres | Foto: João da Mata / BBC
O ano era 1876 e o local era o porto de Belém do Pará. O inglês Henry Wickham, a bordo do transatlântico SS Amazonas, estava nervoso. Um atraso poderia arruinar a carga valiosa e perecível que ele carregava no porão: 70 mil sementes da Hevea brasiliensis, a seringueira.
Às autoridades portuárias paraenses, ele declarou que dentro das caixas havia “amostras botânicas extremamente delicadas” destinadas ao Jardim Botânico Real de Kew Gardens, de propriedade de “Sua Majestade Britânica”, a rainha Vitória, em Londres.
“Na minha mente, eu tinha toda a certeza de que se as autoridades descobrissem o objetivo do que eu tinha a bordo, seríamos detidos sob a alegação de que necessitavam de instruções do governo central do Rio, se é que não seríamos interditados”, escreveu Wickham nas suas memórias.
Liberado para cruzar o Atlântico, numa viagem “calma e azul”, o inglês deixava para trás uma cidade em obras que estava se transformando em uma das mais modernas e pujantes das Américas, mas não por muito tempo.
Como a elite de Belém iria descobrir algumas décadas mais tarde, o objetivo encoberto pelo inglês era puramente econômico: estabelecer uma indústria de cultivo de seringueiras, então exclusivas da Amazônia, do outro lado do mundo, nas colônias britânicas na Ásia.
E ele foi cumprido
Wickham ao lado de uma seringueira plantada a partir de semente levada por ele da Amazônia Foto Getty Images
Naqueles anos, a industrialização nos países da Europa e nos EUA crescia a um ritmo rápido, e a demanda pela poderosa borracha encontrada no Brasil, que passou a ser usada em pneus e máquinas, explodia.
“Na década de 1860, você chega a uma situação em que o preço da borracha que chega aos portos de Londres é maior do que o da prata”, conta à BBC News Brasil Caroline Cornish, coordenadora de pesquisa em humanidades do Kew Gardens, em Londres, instituição da realeza que contratou os serviços de Wickham.
“As potências imperiais perceberam que, se quisessem expandir suas indústrias a um preço acessível, teriam que assumir o controle de seu próprio suprimento de borracha. Então foi isso que motivou todo o projeto de tirar sementes do Brasil e replantá-las, no nosso caso, em territórios britânicos no Sudeste Asiático.”
No Jardim Botânico de Londres, apenas 2,6 mil das sementes levadas por Wickham germinaram, e foi o suficiente para serem transplantadas a países como Singapura, Malásia e Sri Lanka, onde se adaptaram com sucesso.
As vantagens dos seringais asiáticos criados pelos ingleses em relação aos brasileiros eram enormes. No Brasil, muitos seringais eram acessíveis somente por via fluvial, com meses de viagem entre o local de extração do látex e o destino final.
As seringueiras também estavam espalhadas pela floresta, não concentradas em um só lugar.
Na década de 1910, diante da nova concorrência concretizada, a economia amazônica, que vinha se baseando quase exclusivamente na exploração da borracha, ruiu.
“Essa economia se revela, na verdade, desde muito cedo, uma economia muito frágil, muito dependente de uma única commoditie e dos preços do mercado internacional”, explica Nelson Sanjad, especialista no ciclo da borracha no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
Belém era o porto por onde saía a borracha da Amazônia em direção à Europa Foto Vitor SerranoBBC
A travessia de Wickham da Amazônia à Europa naquele ano, portanto, marcou o início do fim do que foi chamado de “ciclo da borracha”, o auge da economia da região entre o fim do século 19 e início do século 20.
Era também o início de uma decadência de cidades como Manaus e Belém, transformadas durantes décadas em centros de riqueza, de arquitetura europeia e pioneiras em reformas urbanas, como a implantação de sistemas de iluminação elétrica.
Para os milhares de brasileiros que haviam se mudado para as periferias amazônicas, atraídos pela fascinação quase mítica da borracha, restou a floresta que o mundo pela primeira vez dava as costas.
Agora, sede da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, a COP30, Belém traz os olhos do mundo de volta para a floresta. Dessa vez, para enxergar nela não o que se pode extrair, mas o que se pode preservar.
A BBC News Brasil mergulhou nessa história (veja também em vídeo) e ouviu dos especialistas os aprendizados – sobre biodiversidade, desenvolvimento e desigualdade – que os altos e baixos do ciclo da borracha podem trazer para vida atual de Belém e da floresta.
Wickham, ladrão?
A colheita das sementes de seringueiras na região do rio Tapajós, no oeste do Pará, e a passagem por Belém são descritas pelo próprio Wickham como uma “farsa” montada e um “contrabando”, como relata o escritor Joe Jackson no livro O ladrão do fim do mundo (Editora Objetiva).
Mas, para o pesquisador Nelson Sanjad, do Museu Paraense Emílio Goeldi, parte dessa narrativa foi usada pelo próprio Wickham para dar contorno de heroísmo à sua história.
Pelos serviços prestados à coroa britânica, ele chega a receber o título de cavalheiro da Ordem do Império Britânico, tornando-se “Sir”, em 1920.
Mas o que de Wickham de fato fez, segundo Sanjad, foi completar um processo que muitos exploradores europeus tentavam concluir naquele momento: levar as seringueiras para fora do Brasil.
Henry Wickham foi visto como herói no Reino Unido Foto AFP via Getty Images
“Ele é a pessoa que teve talvez as condições apropriadas, no momento certo, para fazer essas coletas, o trabalho de reprodução no jardim botânico e a organização da produção em larga escala no mundo colonial europeu”, diz o pesquisador.
Além do inglês, os franceses e holandeses tentaram realizar o mesmo processo com plantações no Vietnã e na Indonésia, respectivamente, mas sem o sucesso britânico.
“Agora é um fato que ele se torna o ícone, o símbolo da falência dessa economia da Amazônia”, completa Sanjad.
Contatado pelo Kew Gardens, Wickham já vivia na Amazônia, na região de Santarém (PA), com vínculos com os chamados federados, americanos fugidos da guerra civil no Sul dos Estados Unidos.
“Ele certamente conhecia bem a terra, as pessoas e consegue reunir as 70 mil sementes em questão de poucos dias”, relata a pesquisadora Caroline Cornish, do Kew Gardens.
Apesar de a coleta das sementes e a transferência para Londres ser descrita como “roubo” e um dos primeiros casos de “biopirataria”, os termos também são alvo de debate.
“Se você está apenas olhando para a estrutura legal na época, não havia uma lei sobre a exportação de sementes de borracha do Brasil. Então, não era tecnicamente ilegal, mas obviamente também não era completamente ético”, diz Cornish, em Londres.
Em Belém, Nelson Sanjad reforça que não havia uma legislação que apontasse uma ilegalidade da ação naquela época e que, portanto, não deve ter sido difícil para Wickham sair do Brasil com o navio cheio.
“Eu creio que considerar isso biopirataria ou tráfico seja um anacronismo”, avalia. Isso é, avaliar um fato do passado com as lentes de hoje.
“Nós temos notícias de naturalistas que entram na Amazônia e levam milhares de plantas, animais e artefatos indígenas. Essa é uma prática comum no século 19, uma prática colonial de apropriação.”
A seringueira é nativa da floresta Amazônia Foto Vitor SerranoBBC
“Acho que o mais importante de tudo isso não é julgar e condenar, mas tentar entender essas formas de controle, de produção, de colonialismo, que estão em jogo nesse momento, no século 21, para que isso não se perpetue”, conclui Sanjad.
Representando o Kew Gardens, Caroline Cornish diz que o jardim botânico de Londres “reconhece que o colonialismo foi um processo extrativista, que foi um dos muitos atores envolvidos nesse movimento e em todas as consequências ambientais, humanas e econômicas”.
Das bolas indígenas aos pneus Michelin
Seja para impermeabilizar objetos ou para a fabricação de bolas usadas em brincadeiras, os povos indígenas da Amazônia já usavam o látex séculos antes dos primeiros contatos com os europeus.
Em 1730, acontece um marco importante do conhecimento do látex no outro lado do mundo, com a viagem do explorador francês Charlie Marie de La Condamine.
Em expedição pelo rio Amazonas, ele convive com indígenas Omágua e começa a escrever sobre a borracha utilizada por aquele povo. Os relatos logo se espalham pela Europa.
Bola de látex feita por indígenas da Amazônia e as sementes de seringueira | Foto: Getty Images
No Brasil, os portugueses começam a aplicá-la na impermeabilização de calçados, com evidências documentais mostrando existência de fábricas de botas e sapatos em Belém que exportavam para Europa desde o final do século 18.
Mas havia um problema: a borracha, até então, era um material inconsistente, sem estabilidade. No excesso do calor, ela ficava pegajosa; no excesso de frio, quebradiça.
Isso muda em 1839, quando o inventor americano Charles Goodyear cria um processo chamado vulcanização,
Ele consistia em misturar a borracha com enxofre e aquecê-la, para que ela ficasse mais resistente, durável e elástica.
A partir daí, várias novas tecnologias, produtos e aplicações começaram a surgir, como o pneu de automóvel, inventado pelos irmãos Michelin em 1845
“A borracha é a matéria-prima que propicia uma segunda revolução industrial. A partir dela, vários instrumentos e objetos que eram fabricados antes com couro, começam a ser fabricados com a borracha, tendo uma aplicação praticamente infinita”, explica Nelson Sanjad.
O comércio da borracha passa a escalar mundialmente, impulsionada pela popularização da bicicleta e a chegada dos automóveis
Estava formado o chamado boom da economia da borracha amazônica
Na segunda metade do século 19, a Amazônia dominava pelo menos 90% do mercado mundial da borracha. O restante vinha de outras árvores, menos produtivas que a seringueira brasileira.
Também nessa época, o governo brasileiro abre o rio Amazonas ao comércio internacional, permitindo a entrada de navegadores europeus.
“Eram muitos agentes coloniais oriundos de instituições científicas e empresas de exportadores em busca desse ouro negro, como era chamado a borracha nessa época”, conta Sanjad.
Rapidamente Belém foi do boom à decadência com a queda da borracha brasileira | Foto: Vitor SerranoBBC
Enquanto eles não conseguiam fazer isso, as cidades da Amazônia se desenvolviam em torno da (frágil) economia da borracha. Primeiramente Belém, principal porto para saída ao Atlântico; e, depois, Manaus.
De ‘Paris N’Ámerica’ a Belém das baixadas
Sede do porto de onde, num primeiro momento, saía toda a borracha em direção à Europa, Belém foi rapidamente se transformando de pequena capital restrita a uma atividade portuária a um centro urbano que replicava o que era considerado moderno naquela época. Ou seja: a Europa.
“Os governantes da época queriam mostrar que Belém era uma das capitais do mundo em termos de importância, de beleza e de riqueza”, conta Rebeca Ribeiro, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Pará.
“Então, se queria que Belém fosse parecida com Paris e Londres.”
O maior símbolo dessa época na cidade é Theatro da Paz, na Praça da República. Inaugurado em 1878, ele foi inspirado no Teatro alla Scala, de Milão, na Itália.
Theatro da Paz é considerado o maior símbolo do ciclo da borracha em Belém Foto Vitor SerranoBBC
Além dos edifícios, também há a transformação de toda infraestrutura da cidade, como rede de esgoto, sistema de iluminação elétrica, transporte ferroviário e usinas para cremação de lixo. Novas avenidas largas, arborizadas e planejadas são construídas como boulervards parisienses.
O responsável para dar impulso às maiores reformas urbanas de Belém foi o intendente Antonio Lemos (o equivalente a prefeito naquela época), que chega ao poder em 1897.
“Nesse momento, ele vai desenvolver um novo código de posturas para a cidade”, explica a professora Celma Vidal, coordenadora do Laboratório de Historiografia da Arquitetura e Cultura Arquitetônica da Universidade Federal do Pará (UFPA).
“Ele começa a dizer como as pessoas deveriam morar, como deveriam ser as casas, as diretrizes de como as pessoas deveriam agir no espaço público e até nos espaços privados, nas suas casas.”
Belém chegou a ser apelidada de Paris N’Ámerica e Manaus, que enriqueceria alguns anos mais tarde, a Paris dos Trópicos.
A capital paraense também se torna o primeiro centro financeiro da região, com instalação de bancos europeus que vão financiar as reformas urbanas e a própria economia da borracha.
Belém ganhou avenidas inspiradas nos boulevards franceses Foto ArquivoIBGE
Com tanto dinheiro circulando, o Norte se torna pela primeira vez o destino de uma imigração massiva dentro do Brasil.
Entre 1870 e 1900, 300 mil nordestinos teriam migrado para toda a Amazônia, segundo pesquisas, fugindo das secas.
Entre os Censos de 1890 e 1920, a população de Belém saltou de 50 mil para 236 mil habitantes, um crescimento de 370%, menor apenas que o de São Paulo, que vivia o auge da exploração de outra riqueza: o café.
Mas enquanto os donos de seringais e as empresas europeias que forneciam infraestrutura enriqueciam, boa parte dos migrantes acabava ficando sem trabalho – e sem dinheiro.
“O lucro fica nas mãos de poucas famílias que detêm as terras. Mas a riqueza mesmo produzida pela exportação do látex não fica na região amazônica. Ela é drenada pelas casas exportadoras e pelas instituições bancárias que forneciam crédito a preço muito caro”, conta pesquisador Nelson Sanjad.
Os milhares de migrantes que chegavam e não iam trabalhar diretamente nos seringais começaram, então, a povoar as margens de Belém.
“São os arrabaldes da cidade, as áreas mais baixas, que a gente chama desde então de baixadas. Havia muita pobreza nesse momento”, explica a professora Celma Vidal, da UFPA.
“A desigualdade existia em várias cidades brasileiras nesse momento, mas talvez em Belém isso apareça de uma forma mais clara, em função de uma riqueza muito intensa dessa elite da borracha. Então, talvez esse contraste ele seja mais evidente.”
Quando o dinheiro da borracha para de jorrar com o sucesso dos seringais asiáticos criados pela Inglaterra, a elite paraense entra em decadência e a infraestrutura urbana começa também a se deteriorar.
“Mas a periferia não vai vivenciar essa decadência, porque ela realmente não tinha esses serviços a seu dispor. Então, essa decadência é válida para um determinado lado da cidade, mas não para toda população”, diz Vidal.
A partir do fim dos anos 1930, um novo ciclo passageiro da borracha ainda deu esperança para a elite seringalista e seringueiros na Amazônia.
Com a Segunda Guerra Mundial, o Japão bloqueou o acesso dos países aliados, como Reino Unido e EUA, ao látex asiático. E isso colocou o Brasil na rota do comércio mundial de novo.
Foi nessa época que foram convocados para Amazônia os chamados “soldados da borracha”.
Entre 1943 e 1945, cerca de 55 mil pessoas, a maioria mais uma vez vinda do Nordeste, chegou à região com o objetivo de extrair borracha para a indústria dos Estados Unidos.
Mas, depois do fim da guerra e a abertura do mercado asiático, os Estados Unidos suspenderam os investimentos, e a Amazônia voltou a sofrer com a decadência econômica.
Desde então, a extração de borracha nunca mais teve a mesma importância econômica, embora a atividade tenha permanecido em escala local na Amazônia, em Estados como o Acre.
No segundo ciclo da borracha, porém, mais uma vez as periferias da Amazônia continuaram crescendo, sem o acompanhamento de serviços públicos.
“Sempre as áreas periféricas ficam à mercê. É assim há décadas, décadas e décadas. Isso foi se tornando uma coisa estrutural”, diz Celma Vidal, da UFPA.
“E as políticas que foram sendo desenvolvidas ao longo do tempo por vários governos não atacaram isso de uma forma como deveria ser feito.”
Moradores do Barreiro seguem na expectativa de obras no canal que corta o bairro Foto Vitor SerranoBBC
Belém, segundo o IBGE, é hoje a capital com mais pessoas vivendo em favelas (na cidade, as baixadas) no Brasil: cerca de 57%. Em segundo lugar, está outra capital da borracha, Manaus, com cerca de 56%.
Agora, com a COP30, Belém tem vivido um momento de transformação urbana que não via há décadas. Investimentos bilionários abriram novas avenidas, reformaram prédios públicos e criaram novos espaços de lazer.
O prefeito Igor Normando (MDB) chegou a dizer num evento em outubro que a cidade vive um novo “ciclo da borracha”.
“Belém não acompanhou o desenvolvimento e continuou com política extrativista. E isso fez com que declínio do ciclo da borracha fosse algo sem precedentes para nossa cidade”, disse.
“Hoje estamos vivendo um segundo momento, que é momento da COP, momento em que estamos vivendo quase segundo ciclo da borracha. Para que isso possa ocorrer, precisamos estar atentos ao pós-COP”, declarou o prefeito.
As obras têm dado autoestima para a cidade, que prontamente começou a ocupar os novos espaços urbanos. Mas, para muitos que moram na periferia, a sensação é de que mais uma vez podem estar ficando de lado.
“Quando surgiu essa COP 30, nós ficamos muito apreensivos de transformar a vida da periferia, transformar o povo da periferia”, diz o cantor Charles Augusto Evangelista, líder comunitário do bairro Barreiro, vizinho ao Parque da Cidade, um centro de eventos construído para receber o evento mundial.
No meio do bairro, passa um canal, o de São Joaquim, com mais de dois quilômetros de extensão. A prefeitura de Belém prometeu uma nova urbanização para a área, hoje marcada por lixo e ocupação irregular das margens.
Para a COP, estão sendo contemplados apenas 720 metros do canal, e 40% da obra está concluída, segundo a prefeitura.
A urbanização das margens de canais em regiões nobres ou centrais, como o da Nova Doca e da Almirante Tamandaré, foram totalmente concluídos.
A prefeitura não informou se tem planos pós-COP para o canal de São Joaquim.
Mesmo que as obras não estejam acontecendo em seu bairro do Barreiro, Charles Augusto diz perceber que Belém está “um canteiro de obras”, com melhorias no espaço urbano que podem alcançar todos.
“Mas essas obras não impactam diretamente o dia a dia das pessoas da periferia. Eu acho que temos um grande caminho ainda pela frente, e eu não sei o que vai acontecer depois da COP”, diz.
“São mazelas políticas de anos, de prefeitos, governadores, vereadores, deputados que não se preocuparam com o futuro. Esse futuro de hoje foi ocasionado no passado.”
Obras da COP30, como a da Nova Doca, têm sido vistas como um novo momento de transformação urbana de Belém Foto Vitor SerranoBBC
Fonte: BBC e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/11/2025/07:26:13
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Flotilha inicia viagem do Equador ao Brasil para denunciar exploração florestal
Uma flotilha com representantes de povos indígenas de diferentes partes do mundo partiu nesta quinta-feira (16) de El Coca, no Equador, com destino a Belém do Pará, no Brasil. O grupo navegará pelo rio Amazonas para exigir o fim das atividades extrativistas que ameaçam o bioma, como a mineração ilegal, a extração de petróleo e o desmatamento.
Batizada de Yuka Mama, que significa “Mãe Água” na língua quíchua, a expedição reúne cerca de 50 pessoas que percorrerão mais de 3 mil quilômetros até a cidade-sede da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para novembro. O trajeto inclui paradas em comunidades da Colômbia, Peru e Brasil, com intercâmbios culturais e encontros com povos indígenas locais para debater a preservação dos territórios amazônicos.
De acordo com os organizadores, a viagem simboliza um funeral da era dos combustíveis fósseis, que teria devastado a Amazônia ao longo das últimas décadas. A ação também denuncia o que chamam de falsas soluções da transição energética global, que, segundo os participantes, continuam a impor projetos extrativistas sobre terras indígenas.
Os líderes da flotilha defendem uma transição energética justa e vinculante e cobram o cumprimento de acordos climáticos internacionais já assinados. Eles destacam que os povos indígenas são responsáveis pela gestão de cerca de um quarto da superfície terrestre, preservando 37% das áreas naturais intactas do planeta e um terço das florestas globais.
O que mostramos é que não somos apenas defensores dos nossos territórios. Somos guardiões de um equilíbrio planetário que protege toda a humanidade, afirmaram os representantes indígenas em comunicado.
A iniciativa também chama atenção para a crescente violência contra defensores ambientais na região. Segundo o relatório mais recente da organização Global Witness, publicado em 2024, mais de 2.200 ambientalistas foram assassinados ou desapareceram entre 2012 e 2024, e 40% das vítimas eram indígenas.
Fonte: Notícias ao Minuto e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/10/2025/12:36:14
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Amazônia abriga 55 milhões de árvores gigantes, revela pesquisa
Foto: Reprodução | Tecnologia LiDAR mapeou árvores com mais de 60 metros de altura, que representam cerca de 0.001% do total de árvores
Um estudo divulgado na terça-feira (14) pela revista britânica New Phytologist revelou, pela primeira vez, onde estão as maiores árvores da Amazônia. Com mais de 60 metros de altura, essas gigantes ajudam a manter o equilíbrio da floresta, armazenam carbono e são fundamentais para a biodiversidade.
O artigo, intitulado “Mapping the density of giant trees in the Amazon”, ou traduzido do inglês “Mapeando a densidade de árvores gigantes na Amazônia”, foi liderado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e realizado por uma equipe ampla de pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais.
O foco principal foi mapear e modelar a densidade de árvores gigantes em toda a Amazônia brasileira. Para isso, os cientistas utilizaram dados de sensoriamento remoto por LiDAR (Light Detection and Ranging), coletados entre 2016 e 2018 em 900 áreas da floresta, cada uma com cerca de 3,75 km².
Esses dados foram combinados com 16 variáveis ambientais, como clima, relevo, solo, incidência de raios e ventos, para construir um modelo de floresta aleatória (Random Forest), uma técnica de inteligência artificial que permite prever padrões com alta precisão.
Os resultados mostram que a distribuição dessas árvores é desigual: cerca de 14% estão concentradas em apenas 1% da área da Amazônia.
As maiores densidades foram encontradas em Roraima e do Escudo das Guianas — que inclui parte do estado do Amapá — onde há alta disponibilidade de água e baixa incidência de raios e ventos fortes.
Segundo Robson Lima Borges, pesquisador da Ueap, o estudo reforça como poucas árvores gigantes podem concentrar grandes estoques de biomassa e carbono acima do solo, o que as torna peças-chave no equilíbrio ecológico da floresta.
“O artigo é um importante desdobramento das pesquisas nossas sobre as árvores gigantes. Em especial, nossa pesquisa traz um importante insight que é sobre como poucas árvores grandes podem impactar diretamente os maiores estoques de biomassa e carbono acima do solo”, informou o pesquisador.
O estado do Amapá teve papel importante na pesquisa. Instituições como a Ueap e o Instituto Federal do Amapá (Ifap) participaram ativamente do estudo. Parte dos voos com sensores LiDAR foi realizada sobre áreas do Amapá, contribuindo para o mapeamento da vegetação local.
Com grande cobertura vegetal e baixa taxa de desmatamento, o território amapaense se destaca como uma das regiões com maior potencial de conservação da floresta, segundo o artigo.
O estudo identificou que fatores como temperatura amena, boa luminosidade, solo com alta retenção de água e baixa frequência de distúrbios naturais favorecem o crescimento das árvores gigantes. Já eventos extremos, como secas prolongadas, ventanias e descargas elétricas, aumentam a mortalidade dessas espécies.
O artigo científico está disponível na versão inglesa no site da revista New Phytologist.
Fonte: Debate Carajas e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/10/2025/15:29:15
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Operação Boiuna inutiliza 277 dragas e causa impacto de R$ 1,08 bilhão ao garimpo ilegal, no Amazonas
Foto:Polícia Federal | Operação ocorreu em Manicoré/AM e Humaitá AM, incluindo o leito principal e braços do RioMadeira, entre os dias 10 e 24 de setembro
A Polícia Federal, sob coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), concluiu a Operação Boiúna, voltada ao combate à mineração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira.
A ação ocorreu entre os dias 10 e 24 de setembro de 2025 e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e CENSIPAM.
Durante a operação, foram inutilizadas 277 dragas, usadas na extração ilegal de ouro, totalizando prejuízo direto de R$ 38 milhões às estruturas criminosas, conforme constatado por laudos periciais técnicos.
Os valores do impacto da operação consideram:
• Prejuízo patrimonial com a destruição dos equipamentos;
• Valor do ouro extraído ilegalmente nos últimos sete meses;
• Danos socioambientais acumulados na região;
• Lucros cessantes estimados pela interrupção da atividade ilegal.
Além das ações repressivas, a operação incluiu medidas sociais e ambientais. Em 18/9, equipes da Polícia Federal visitaram a comunidade ribeirinha de Democracia, em Manicoré, com apoio do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.
Foram coletadas amostras de cabelo, água e material biológico para análise do impacto do mercúrio sobre a saúde das populações expostas. Tão logo os estudos sejam concluídos, serão divulgados oficialmente.
Foto:Reprodução
Levantamento recente do Greenpeace Brasil identificou mais de 500 balsas de garimpo ilegal operando no Rio Madeira, inclusive em áreas próximas a unidades de conservação e terras indígenas, reforçando a necessidade de ações contínuas de enfrentamento ao avanço da atividade criminosa.
Fonte: Polícia Federal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 24/09/2025/15:57:20
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ONU confirma presença de 140 países na COP30 em Belém
ONU confirma a presença de delegações de 140 países para a COP30, em Belém. | Raphael Luz/Agência Pará
Helder Barbalho, Governador do Pará, anunciou a confirmação pelas redes sociais na tarde desta sexta-feira (12).
Amenos de dois meses do início da COP30, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou oficialmente a participação de delegações de 140 países no evento climático, que será realizado em Belém. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (12) pelo governador Helder Barbalho, por meio das redes sociais.
“A ONU acaba de confirmar a presença de delegações de 140 países para a COP30, em Belém. Outras confirmações estão a caminho. A capital da Amazônia está de portas abertas para o mundo, superando toda forma de preconceito contra o Norte do Brasil. Viva a COP da Floresta!”, escreveu o governador.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada em novembro e deve reunir cerca de 50 mil pessoas na capital paraense, entre chefes de Estado, lideranças indígenas, cientistas, ambientalistas e representantes da sociedade civil.
O prefeito de Belém, Igor Normando, também celebrou a confirmação das delegações feita pela ONU. “Isso mostra a força da floresta, a força da capital da Amazônia e a certeza de que vamos fazer um evento extraordinário, Nós vamos fazer com que essa seja a COP das COPs, e que o Brasil e o mundo possam conhecer a Amazônia e o povo da Amazônia”, afirmou através das redes sociais.
Infraestrutura e hospedagem foram desafios iniciais
Desde que Belém foi anunciada como sede da conferência, um dos principais pontos de preocupação era a capacidade da capital paraense de receber um evento de tamanha magnitude. Questões relacionadas à infraestrutura urbana e aos altos preços de hospedagem chegaram a gerar críticas e incertezas.
Contudo, segundo os organizadores da COP30, a cidade já conta com mais de 53 mil leitos disponíveis. Em julho, o governo lançou uma plataforma com 2,7 mil quartos coletivos e 2,5 mil quartos individuais voltados especialmente para os 196 países participantes, com prioridade para os Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, também já havia rebatido os questionamentos sobre a capacidade da cidade de sediar o encontro internacional. “Belém é uma cidade incrível e é o lugar certo para fazer a COP30. Eu sempre manifestei isso. Então, o governo está atuando muito, de maneira muito firme, para que todos os países possam participar da COP. O presidente Lula quer que seja uma COP super inclusiva, que é o perfil do Brasil. Mas nós temos que encontrar uma maneira para que eles venham”, afirmou Corrêa do Lago, em entrevista concedida em agosto.
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Com a confirmação da ONU, Belém consolida a posição como epicentro das discussões globais sobre o clima. Esta será a primeira vez que a Conferência do Clima será realizada na região amazônica, dando ainda mais visibilidade aos debates sobre preservação ambiental, justiça climática e o papel das florestas tropicais no combate às mudanças climáticas.
Fonte: DOL/Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/09/2025/06:39:38
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‘Corremos o maior risco que o planeta já enfrentou desde que existimos como civilização’, diz Carlos Nobre
O cientista Carlos Nobre — Foto: Gabriel Reis/Valor
Um dos mais respeitados cientistas climáticos do mundo, Carlos Nobre alerta que a humanidade vive uma corrida contra o tempo contra o aumento da temperatura global
Um dos mais respeitados cientistas climáticos do mundo, Carlos Nobre dedica-se há décadas ao estudo da Amazônia e das mudanças climáticas. Pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, ele foi o primeiro a alertar para o risco de a Floresta Amazônica se tornar uma savana. Nesta entrevista, Nobre alerta que a humanidade vive uma corrida contra o tempo: com a temperatura global já tendo ultrapassado 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, o cientista traça cenários sombrios — e aponta a bioeconomia como um camininho que pode salvar a Amazônia e o planeta.
O senhor afirma que a humanidade vive o maior desafio de sua história. Em que se constitui o desafio?
Nós corremos o maior risco que o planeta já enfrentou desde que existimos como civilização. Por quase dois anos, a temperatura passou de 1,5°C acima do período pré-industrial. A última vez que houve uma crise climática desse nível foi no último período interglacial, há 120 mil a 130 mil anos. Só existiam alguns milhões de humanos então, na África equatorial. Era um fenômeno natural.
Agora esse aquecimento é totalmente responsabilidade nossa. Jogamos gases de efeito estufa na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento, a agropecuária, a indústria, resíduos. É o Antropoceno.
Por que esse aumento é tão perigoso?
O máximo que reduziremos até 2030 nas emissões de gases do efeito estufa será 3%. Se fizermos isso e só zerarmos as emissões em 2050, vamos passar de 2°. Nesse nível, ondas de calor, chuvas excessivas, secas, incêndios florestais — acontecerão com mais frequência.
Estamos próximos do ponto de não retorno da Amazônia?
Muito próximos. Em 40 a 45 anos, a estação seca já se prolongou em quatro a cinco semanas. Se continuar assim, em duas ou três décadas, teremos seis meses de estação seca. Não se mantém floresta nessas condições. Na década de 1990, a Amazônia removia até 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico por ano. Agora está na faixa de 200 a 300 milhões de toneladas. Antes, tínhamos uma seca severa a cada 20 anos. Agora tivemos quatro secas super severas: 2005, 2010, 2015-2016 e a maior seca da história da Amazônia em 2023-2024. No ano passado tivemos recorde de fogo na floresta. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que mais de 85% dos incêndios foram causados por humanos. Como o desmatamento caiu muito — mais de 50% de redução em 2023 e 2024 — agora o crime organizado está usando o fogo para desmatar.
Quais seriam as maiores oportunidades de transformação no Brasil?
O Brasil tem a maior biodiversidade do mundo. De 18% a 20% de todas as espécies conhecidas estão nos biomas brasileiros. Mas só 0,4% do PIB brasileiro vem de produtos da biodiversidade amazônica. A grande oportunidade do Brasil é uma nova bioeconomia da sociobiodiversidade. Valorizar nossa biodiversidade, manter nossos biomas, usar modernas tecnologias. Temos condição de restaurar a Amazônia, o Cerrado.
Não basta manter o que temos, precisa restaurar?
Restaurar! O governo brasileiro lançou na COP28 o Arco da Restauração: restaurar 240 mil km² de todo o sul da Amazônia. Doações para comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas. Empréstimo de 1% de juros ao ano para o setor privado fazer grande restauração. Hoje, restaurando a floresta, você ganha muito mais que pecuária ou soja, pelo valor do mercado de carbono.
Por que é tão difícil aplicar essas questões na prática?
Globalmente, o setor econômico mais negacionista sobre mudança climática é o agronegócio. No Brasil também. Esse setor quer continuar escondendo. Ele não quer admitir que, se continuar assim, até ele vai ser muito prejudicado. Se passar dos pontos de não retorno, o Brasil vai deixar de ser um grande produtor agrícola. Mais de 50% do Cerrado vai virar Caatinga, com produtividade baixa. Metade da Caatinga vira semideserto. A Amazônia vai ficar uma savana super degradada. Precisamos convencê-los que o risco climático é muito grande para eles.
O que esperar da COP30?
No G20 no Rio, o presidente Lula brilhantemente disse que todos os países têm que chegar a emissões líquidas zero até 2040, não mais 2045. Que a COP30 seja onde se fale: vamos zerar as emissões em 2040. O embaixador André Corrêa do Lago está trazendo o desafio de conseguir o Fundo Verde Clima de US$ 1,3 trilhão. Esse é um desafio global. E convencer a China, que é o maior emissor hoje, a liderar essa busca. China, Brasil, Índia, Rússia, países europeus têm que acelerar.
Teria algum motivo para otimismo?
Vejo otimismo porque os jovens do mundo inteiro estão muito preocupados. Eu, vivendo 85-90 anos num país tropical, vou experimentar 15-20 ondas de calor. Um bebê que nasce agora, se a temperatura passar de 2°C, vivendo 90 anos, vai experimentar 60-80 ondas de calor.
Se atingirmos 2,5°C até 2050, explodiremos vários pontos de não retorno. Acelera o descongelamento do permafrost (solo congelado) da Sibéria, norte do Canadá, Alasca. Até 2100, vamos jogar mais de 200 bilhões de toneladas do permafrost – principalmente metano. Só a Amazônia e o permafrost vão para 500 bilhões de toneladas. Impossível baixar a temperatura depois. Podemos chegar a 3-4ºC em 2100, o que torna toda a região equatorial inabitável. O Rio de Janeiro fica inabitável por 120-150 dias ao ano. Se chegamos a 3-4°C em 2100, começamos a liberar metano do fundo dos oceanos. Se isso acontecer, chegamos a 8-10°C em 2150. Só o Polo Norte, Polo Sul e topo dos Alpes, Andes e Himalaias serão habitáveis.
Tivemos seis extinções em massa de espécies. Todas foram fenômenos naturais. Essa seria a primeira extinção em massa causada por uma espécie.
Fonte: André Duchiade e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 28/07/2025/15:20:48
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Na Amazônia, o São João é perfumado: conheça a tradição do banho de cheiro que atrai amor, sorte e prosperidade
Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução
Entre rezas e essências da floresta, paraenses celebram o santo junino com cheiros que prometem abrir caminhos.
No dia 24 de junho, quando São João é celebrado em todo o Brasil como o santo dos pedidos amorosos e casamentos prometidos, a Amazônia resgata uma tradição que perfuma o corpo e fortalece o espírito. Em Belém do Pará, a festa junina também passa pela pele — com o banho de cheiro, ritual ancestral feito com ervas da floresta e sabedoria popular.
Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução
A prática, que atravessa gerações e carrega influências indígenas, caboclas e africanas, ganha força nesta época do ano e se espalha especialmente pelo Ver-o-Peso, a maior feira a céu aberto da América Latina e símbolo vivo da cultura paraense. Entre aromas de ervas frescas e essências naturais, as barracas se enchem de fregueses em busca de sorte, proteção, limpeza espiritual — e, claro, amor.
Enquanto o casamento simbólico é destaque em outras festas juninas, na Amazônia os pedidos vão além. São mais de 50 tipos de banhos, com nomes como abre-caminho, atrai-amor, chega-te-a-mim, sai-azar e dinheiro no bolso. Cada um preparado com um mix específico de folhas, raízes e intenções.
“Cada planta tem uma força. E quem prepara o banho com fé, sabe que ele limpa a alma, protege e atrai coisa boa”, explica dona Beth Cheirosinha, erveira que há mais de 50 anos mantém a tradição no Ver-o-Peso.
Cheiro, fé e floresta
O banho de cheiro é montado com ingredientes como arruda, manjericão, alecrim, jasmim, patchouli, alfazema e a típica priprioca — uma raiz amazônica de perfume terroso e poderoso. As misturas são feitas com água morna ou álcool de cereais, às vezes com toques florais ou cítricos, e acompanhadas de instruções precisas: o melhor horário do dia, a oração ideal, a forma de aplicar.
A movimentação nas barracas aumenta na véspera e no dia de São João. Em poucos minutos, a feira se transforma num grande corredor de aromas. Famílias inteiras compram seus banhos já preparados ou levam as ervas para fazer em casa, seguindo as receitas ensinadas por mães, avós e vizinhas.
“Tem banho pra atrair cliente, pra tirar cansaço, pra acalmar criança. É a floresta ensinando como viver melhor”, comenta uma das erveiras, entre um maço de folhas verdes e garrafas de essência artesanal.
Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução
Tradição viva, identidade forte
O banho de cheiro é mais que um costume: é um símbolo de identidade, resistência e fé. Ele carrega o saber das mulheres que aprenderam a reconhecer o poder de cada folha, e traduz o modo como a cultura amazônica se relaciona com a natureza — não como cenário, mas como fonte de cura, proteção e renovação.
Alguidá, espécie de bacia de barro, com o banho antes de ser engarrafado: folhas, paus, cipós e essêsncias diversas compõem a mistura. — Foto: G1
Além do São João, o banho é também ritual comum em datas como o Círio de Nazaré e a virada do ano, ou em momentos pessoais de recomeço. Mas no 24 de junho, ele ganha um brilho especial. É o dia em que o santo casamenteiro encontra as rezas da floresta. É quando tradição e perfume se unem para celebrar o que há de mais profundo: o desejo de viver bem.
Fonte:g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/2025/07:00:29
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Fóssil de tartaruga gigante de 13 milhões de anos é descoberto na Amazônia; veja fotos
Pesquisadores encontram fóssil raro de tartaruga gigante na Amazônia. (Arquivo do Laboratório de Paleontologia da Ufac)
O animal, da espécie Stupendemys geographicus, foi localizado às margens do Rio Acre e será levado para estudo na Universidade Federal do Acre (Ufac).
Pesquisadores descobriram um fóssil raro e bem preservado de uma tartaruga gigante que habitou a região amazônica há cerca de 13 milhões de anos. O achado ocorreu às margens do Rio Acre, na comunidade de Boca dos Patos, localizada no município de Assis Brasil, interior do Acre, próximo à divisa com o Peru.
A espécie identificada é a Stupendemys geographicus, uma tartaruga pré-histórica considerada uma das maiores que já existiu. O animal viveu durante o período Mioceno, que compreende uma era geológica entre 23 milhões e 5,3 milhões de anos atrás. O fóssil foi encontrado como parte das ações da Iniciativa Amazônia+10, que reúne pesquisadores voltados à paleontologia e história natural da região.
De acordo com os cientistas, a espécie provavelmente habitou áreas do que hoje corresponde ao norte da América do Sul, entre 13 e 7 milhões de anos atrás. O fóssil está em boas condições de preservação e deverá ser levado para análise detalhada na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
Pesquisadores encontram fóssil raro de tartaruga gigante na Amazônia. (Arquivo Pessoal/Professor Edson Guilherme)
Atualmente, o material está em um acampamento montado próximo ao local da descoberta. O transporte até a capital acreana tem enfrentado dificuldades logísticas. O trajeto entre a área urbana e o ponto de escavação pode durar até cinco horas, com trechos realizados de barco e carro. Uma tentativa de remoção com caminhonete no último fim de semana não teve sucesso devido ao tamanho e peso do fóssil. A equipe agora aguarda um caminhão da universidade para efetuar o transporte.
Fonte: DOL e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/2025/08:05:04
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COP30: com redução de 55% no desmatamento, Pará leva resultado inédito
(Foto: Reprodução) – Dados do INPE confirmam a maior queda proporcional da década na Amazônia Legal
O Pará reduziu em 55% a área desmatada entre 2021 e 2024, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) — de 5.238 km² para 2.362 km².
Trata-se da maior queda em área dos últimos anos na Amazônia Legal, resultado de uma estratégia combinada de repressão a crimes ambientais, tecnologia de monitoramento e políticas públicas que estimulam a mudança de uso dos recursos do solo e da floresta.
A curva de desaceleração se manteve firme em 2024, com uma queda de 28,4% na taxa anual de desmatamento.
O estado também reduziu a participação nos alertas da Amazônia Legal: de 31% (2024) para 17% (2025), o menor índice em anos recentes (no acumulado entre agosto a maio, ano Prodes 2025: 38% e 29%).
“Essa redução não é retórica. É resultado de uma presença constante do Estado onde antes só havia omissão. Estamos mostrando que é possível proteger a floresta e gerar desenvolvimento sustentável com base em resultados”, afirma o governador Helder Barbalho.
8 imagens
Monitoramento, fiscalização e políticas públicas conectadas
Os números são sustentados por iniciativas articuladas no Plano Estadual Amazônia Agora, que reúne programas como o Plano de Bioeconomia (PlanBio), o sistema jurisdicional de REDD+, Regulariza Pará, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, a política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), entre outros.
Esse pacote de ações conecta comando e controle ambiental com alternativas econômicas viáveis para os territórios mais pressionados pelo avanço da destruição, reforçando a lógica de valorização da floresta viva.
Curupira: repressão em campo com presença permanente
A Operação Curupira é uma das âncoras da estratégia paraense no enfrentamento ao desmatamento.
Com bases fixas em São Félix do Xingu, Novo Progresso e Uruará — regiões historicamente marcadas pela pressão ambiental —, a operação atua de forma integrada com as forças de segurança pública e promove ações contínuas de fiscalização e repressão a ilícitos.
“A implementação da Operação Curupira representou uma inflexão estratégica no enfrentamento aos crimes ambientais na Amazônia, com a intensificação das ações de fiscalização em áreas classificadas como prioritárias devido à elevada pressão por desmatamento”, destaca o secretário de Meio Ambiente, Raul Protázio.
“Os resultados já indicam uma tendência de redução consistente nos índices de desmatamento nessas regiões. Paralelamente, o governo do Estado tem avançado na execução de um conjunto integrado de políticas públicas voltadas ao uso sustentável dos recursos florestais e do solo, promovendo alternativas produtivas viáveis que conciliam desenvolvimento econômico e conservação ambiental”, complementa.
A presença fixa do Estado também provocou queda nos índices de criminalidade nos municípios monitorados.
“Há uma correlação direta entre destruição ambiental e violência. Ao combater o desmatamento, protegemos também a vida das pessoas”, reforça o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado.
Combate às queimadas
Para a prevenção e o enfrentamento às queimadas, o Pará lançou no Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano o programa estadual “Pará sem Fogo”, uma iniciativa inédita, que amplia a estratégia do Estado a partir de medidas prioritárias.
A partir dos monitoramentos de cenários, a Semas identificou que as florestas estão cada vez mais inflamáveis e criou novas estratégias de atuação.
“Faremos um zoneamento para identificação das áreas prioritárias e, a partir disso, a definição das regiões onde concentraremos a nossa atuação”, explica o secretário.
“Vamos formar também uma estrutura de brigadistas para que façam o combate no local, de forma mais rápida e eficiente, além de garantir todo o equipamento necessário para o combate às queimadas e incêndios florestais, em parceria com o setor privado e com uma rede de órgãos estaduais”, acrescenta.
Fonte Metropoles e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 19/06/2025/14:11:45
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